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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Curiosidades da Química

POLÔNIO - PRONTO PARA MATAR





O polônio possui características que o tornam perfeito para ser usado em crimes de envenenamento. Por ser um emissor de partículas alfa, a radiação do elemento possui curto alcance, sendo incapaz de atravessar paredes.
Na verdade, a radiação do polônio pode até mesmo ser interrompida por uma folha de papel ou pela camada de células mortas da nossa pele. Isso torna o “veneno” muito fácil de ser transportado, podendo ser levado, inclusive, em um pequeno pote de vidro bem fechado.
Porém, o polônio se torna letal ao ser ingerido ou inalado pelo ser humano, já que as partículas radioativas estarão, assim, em contato direto com os tecidos internos do corpo. Basta 1 micrograma de polônio 210 para matar uma pessoa de 80 kg. Com 1 grama desse elemento um terrorista poderia contaminar cerca 20 milhões de pessoas e matar pelo menos metade delas.
Sendo assim, o Po 210 acaba sendo um veneno ainda mais perigoso, já que, ao exigir uma quantia tão pequena para matar, ele se torna imperceptível para a vítima. Como se não bastasse, o polônio 210 é um elemento que evapora com facilidade, o que privilegia o seu uso na forma de gás para a contaminação de um ambiente.
O que nos deixa mais seguros é a dificuldade encontrada para se conseguir o elemento. Estima-se que a produção mundial de polônio 210 não ultrapasse 100 gramas por ano. Além disso, o polônio possui uma meia-vida muito curta, de 138 dias, e isso faz com que o elemento tenha que ser obtido e utilizado muito rapidamente.


SINTOMAS DA INTOXICAÇÃO POR POLÔNIO

Dentro do corpo humano, o polônio tem meia-vida de 30 dias. Isso significa que, nesse período de tempo, metade da quantidade ingerida do material acaba sendo eliminada por fezes ou urinas da vítima e, também, pela própria atividade radioativa do elemento.
Os sintomas da contaminação por polônio variam de acordo com a quantidade do material que entrou em contato com a vítima. Essa quantidade é medida em grays (Gy), unidade do sistema métrico internacional para definir a quantidade de radiação absorvida pela matéria.

·                     100 a 200 cGy: a pessoa não sente sintoma algum imediatamente. Mas, com o passar dos dias, começa a sentir náuseas e fadiga, podendo ocorrer vômito. A morte, se ocorrer, será dentro de 5 a 6 semanas;
·                     300 cGy: a vítima também apresenta queda de cabelo e aumentam as chances de falecimento. Desse nível em diante, os sintomas só ficam piores e a morte, dolorosa e lenta, se torna cada vez mais certa;
·                     600 cGy: a vítima tem 90% de chances de morrer se não procurar tratamento. As partículas alfa atacam o sistema sanguíneo, incluindo a medula óssea e os leucócitos, causando hemorragias e infecções. A morte pode acontecer a partir da quarta semana após o contágio; e
·                     750 cGy e 800 cGy: morte certa. A radiação acaba com a mucosa do sistema gastrointestinal, causando graves diarreias, sangramentos, perda de fluídos e um grande distúrbio eletrolítico. Nesses casos, a pessoa sobrevive por apenas 4 semanas, mesmo com tratamento.


USO DE POLÔNIO PELA KGB

Alexander Litvinenko antes (esquerda) e depois do envenenamento 


Em 2006, o polônio voltou a ser personagem em um caso de intriga política. Dessa vez, na Rússia, pátria do ex-espião da KGB Alexander Litvinenko, que foi envenenado quando começou a se voltar contra seus superiores e fazer acusações contra o governo de Vladimir Putin.
Apesar de trágico, o envenenamento de Litvinenko é considerado o primeiro caso de morte provocada pelos efeitos agudos da radiação alfa. Acredita-se que a dose de polônio 210 utilizada para o assassinato do ex-espião foi muitas vezes maior do que a dosagem letal máxima, levando-o à morte em um período de três semanas.
Além de sentir algumas sintomas já no dia de seu envenenamento, Litvinenko ficou muito doente cerca de 11 dias depois e chegou a um estado de saúde crítico no 20º dia de internamento.
O falecimento ocorreu no 23º dia. Pouco antes da morte, Litvienko sofreu um ataque cardíaco, provavelmente provocado também pelo polônio, que a essa altura já havia danificado seu sistema cardiovascular. 


CUIDADO: QUEM FUMA INGERE POLÔNIO!



Apesar de muito perigoso, o polônio está presente em quantidade alarmante em alguns produtos comerciais, como a escova utilizada por fotógrafos para eliminar a energia estática durante a limpeza e manutenção das câmeras fotográficas. Além disso, o polônio também é usado como fonte de energia termoelétrica em satélites.
O elemento químico descoberto por Curie também pode estar presente na carne de renas e caribus, além de frutos do mar, como alguns tipos de peixes, algas e mexilhões. Mas o principal risco vem mesmo do consumo do tabaco, que absorve por meio de suas raízes o Po 210 presente em fertilizantes à base de fosfato.
De acordo com artigos publicados no American Journal of Public Health e no Journal of the Royal Society of Medicine, a indústria tabagista tentou, por mais de 40 anos e em segredo absoluto, remover o elemento do tabaco utilizado na produção de seus produtos, mas não obteve sucesso. Os resultados das pesquisas nunca foram publicados e, além disso, a indústria faz o possível para ignorar o caso e evita tocar no assunto.
Enquanto isso, cerca de 11.700 pessoas morrem, anualmente, por causa do câncer de pulmão provocado pela ingestão de polônio 210, como noticiado pelo jornal The Age.
Será que um dia veremos o símbolo de radioatividade estampado nos maços de cigarro?
  

UM POUCO MAIS SOBRE A QUÍMICA DO POLÔNIO


É possível extrair apenas 0,1 mg de polônio de 1 tonelada de pechblenda (acima) 


Existem 33 isótopos de polônio, sendo que todos são radioativos e possuem massa atômica que vai de 188 a 220 u. Desses, o mais comum é o polônio 210 (210Po) que, apesar de ser produzido naturalmente, também pode ser obtido por meio da manipulação em laboratórios e reatores nucleares.
Se comparado com o rádio — outro elemento radioativo —, o polônio 210 emite 5 mil vezes mais partículas alfa, que carregam muita energia e podem chegar a destruir o material genético de células do corpo humano. Comparado com o cianureto, o Po 210 é 250 mil vezes mais letal.
Mas por ser encontrado naturalmente na superfície terrestre, todos os seres humanos carregam uma quantidade ínfima de polônio 210 dentro de si. No Brasil, por exemplo, é possível encontrar esse elemento na areia de praias ricas em tório.

Nesse caso, não há com o que se preocupar. Mas caso sinta "algo de estranho" no ar, talvez seja aconselhável uma consulta médica. Principalmente se você trabalhou, recentemente, como espião para alguma organização secreta.

A Química no Cotidiano

Cotidiano

A química pode ser definida como a ciência que estuda a natureza da matéria, suas propriedades e transformações. Ela está presente em no nosso dia a dia, em todos os materiais que nos cerca, e em todos os seres vivos.

O nosso corpo, por exemplo, é formado por diversas substâncias em constante transformação que possibilitam o ser humano continuar vivo. Sem essas reações não haveria vida. Ao consumirmos alimentos, água, entre outros, o nosso sistema digestivo produz substâncias químicas capazes de transformar esses materiais ingeridos em nutrientes necessários para diversas funções do organismo, como produção de energia, manutenção dos órgãos, tecidos, ossos, etc. Em todas as ações comandadas pelo nosso cérebro, como por exemplo, nossas emoções, o que ocorre é química.

Uma árvore, quando é exposta à luz do sol, começa o processo da fotossíntese, que é a absorção da energia luminosa e sua transformação em energia, indispensável para a vida das plantas. A fotossíntese é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio biológico nos diversos ecossistemas de nosso planeta. Tudo que ocorre durante este processo é química.
A equação da fotossíntese pode ser representada da seguinte maneira:
6 CO
2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2

água que é um elemento essencial à vida só torna-se potável através de muitos processos químicos, que tratam a água imprópria para o consumo garantindo o abastecimento à população.

Outros exemplos que provam como a química está presente em nosso cotidiano podem ser citados:
• Nos alimentos: os alimentos naturais precisam dos produtos químicos que fertilizam a terra para sua produção. Os pesticidas também são de grande importância na tarefa de garantir a qualidade dos alimentos, pois sua ação combate as pragas impedindo a disseminação de doenças e destruição das plantações.


• No vestuário: a maioria das roupas que usamos apresenta fios artificiais (náilon, poliéster) misturados a fibras naturais (algodão, lã).

• Na saúde: o desenvolvimento da indústria farmacêutica e da medicina fortalece a saúde humana, aumentando a expectativa de vida do homem.

• No desenvolvimento econômico e tecnológico: a indústria química transforma elementos presentes na natureza em produtos úteis ao homem. Desde a fabricação de bens como computadores e automóveis até itens como plásticos, vidros, papel e tintas são resultados de transformações químicas.

Muitas substâncias químicas são comuns no nosso dia a dia, por exemplo:
• Acetona (propanona)
• Sal de cozinha (cloreto de sódio)
• Água oxigenada (peróxido de hidrogênio)
• Álcool (etanol)
• Formol (metanal)
• Soda cáustica (hidróxido de sódio)
• Ácido acético (componente do vinagre)

Apesar de todo progresso e bem estar proporcionado pela química, há uma insistente crítica sobre essa ciência, que ainda é responsabilizada por desastres ecológicos e poluição existente no planeta, quando na verdade é a inadequada atividade humana que faz uso da química produzindo efeito nocivo sobre o meio ambiente.


Poesia Química

A corrida atômica


Autores: Abigail, Aqueline, Israel Lázaro, Jadson

Hoje é fácil se perceber
O que antes não se sabia
Graças a grandes homens
Através de suas ideologias
Naquele tempo passado
Deram um duro danado
Pra criar novas teorias

Pelas leis de Lavoisier
John Dalton se inspirou
Defendendo aquela ideia
Que o filosofo num “justiçou”
Que a esfera indivisível
Era a menor possível
Foi onde tudo começou


Agora mais esclarecida
A ideia já justiçada
Começa a corrida atômica
Sem ter uma chegada
Pois cada geração
Cria uma nova explicação
E a ideia é renovada


Outro cientista renomado
Que ganhou até um Nobel
Melhorou a antiga teoria
E teve um grande papel
Quando o elétron desvendou
E por esse motivo ganhou
Espaço neste cordel

Thompson logo postulou
O seu novo experimento
Elétrons e prótons sugiram
Foi a sensação do momento
A um pudim comparou
O modelo que elaborou
Com base no conhecimento

Seu modelo era simples
Com ideia interessante
De uma esfera maciça
Como o modelo de antes,
Mas agora diferente
Com elétrons presentes
À corrida segue adiante

Quebrando antigas crenças
Rutherford físico nato
Com seus experimentos
Conseguiu mudar o fato
Daquele modelo plausível
Da esfera indizível
Saindo do anonimato

Pra explicar sua ideia
Simplesmente atirou
Balas em um caixote
Mas pouco atravessou,
Pois no fundo sabia
Que um núcleo havia
Foi como considerou

Agora com núcleo
O átomo foi renovado
Descartando de vez
O modelo do passado
Embora ainda esquisito
Mas foi o mais bonito
         Ate agora já desenhado

Esta nova teoria
Que Mudou a concepção
Dos cientistas da época
Assumindo a posição
Do modelo moderno
Que pensou ser eterno
Não durou uma geração

Quando pensa que acabou
Que o problema foi resolvido
Descobrem outra coisa
Que Haviam esquecido
Se o núcleo é positivo
Qual seria o motivo
Do elétron não ter colidido

Bohr conseguiu mostrar
Porque isso não ocorria
Foi à maneira diferente
De transporta energia
Não vinha do correio
Mas com o pacote cheio
O elétron subia e descia

Pra completa a historia
Não podemos deixa de lado
Essa “tal” mecânica quântica
Com modelo sofisticado
Com Elétrons e muito mais
Circulando em orbitais
É fácil ser encontrado

Assim se da evolução
Nesta longa trajetória,
Dos gênios do passado
Dos momentos de glória
E assim vai seguindo
A nova geração surgindo
Escrevendo nossa historia

E nessa corria sem fim
Nomes são eternizados
Deixando suas ideias
Como forma de legado
Para no futuro distante
Lembrarem-se dos gigantes

Que fizeram o passado.

Química do corpo humano

A Química Envolvida na Cor da Pele

A cor da pele depende somente da quantidade de melanina que é produzida pelos melanócitos, por meio de uma reação de oxidação da tirosina.

Sabe qual é o maior órgão do corpo humano? A resposta a essa pergunta é a pele. Ela é responsável por cerca de 15% de todo o peso de um indivíduo adulto e apresenta funções importantes para o corpo, como revestir o organismo, fornecer proteção imunológica, regular a temperatura do corpo, proporcionar sensibilidade tátil e térmica e produzir secreções como o suor e o sebo (gordura).
Infelizmente, porém, muitas pessoas se atentam a uma parte da pele e a usam de forma descabida para julgar o caráter de outros. Trata-se da cor da pele. No entanto, analisar a sua constituição química e o que resulta em tons de peles diferentes, pode nos ajudar a ver que todos nós temos a mesma origem e somos iguaissendo esse preconceito muito fútil.
A pele é formada basicamente por três camadas: epiderme, derme e hipoderme. Conforme se pode ver na ilustração abaixo, a hipoderme é a camada mais profunda, mais interna, formada pelo tecido adiposo (gordura) e onde se encontra grande quantidade de vasos sanguíneos. A derme é a parte intermediária, onde ficam as glândulas sebáceas e sudoríparas, os vasos sanguíneos também, os folículos pilosos e os músculos da pele. E finalmente, a parte superior, externa, é uma camada fina chamada epiderme.
A cor da pele se deve à quantidade de um polímero natural, a melanina, um pigmento biológico que é produzido na epiderme. Esse polímero é quimicamente considerado de massa e complexidades variáveis, sendo sintetizados pelos melanócitos. Os melanócitos são células situadas na camada basal da pele, entre a epiderme e a derme. A produção da melanina pelos melanócitos é feita a partir da oxidação progressiva do aminoácido tirosina.
Assim, quanto maior a quantidade de melanina produzida, mais escuro será o tom da pele e vice-versa.
Isso nos leva a concluir que toda forma de pele possui a mesma constituição. Não só a pele, mas toda forma de vida possui basicamente a mesma essência: átomos que se combinam para formar moléculas, que, por sua vez, reagem formando os mais diversos compostos. Esse ciclo é interminável, pois o número de átomos que forma o universo é praticamente constante, sendo trocados a cada momento entre os seres vivos e o ambiente.
Portanto, será que faz algum sentido nos considerarmos superiores uns aos outros, sendo que todos temos a mesma origem?  Ou julgar e ter preconceito pela pessoa somente pelo fato de produzirmos mais ou menos melanina que ela? Não deveríamos valorizar mais os neurônios do que os melanócitos?
Realmente, não faz nenhum sentido. O caráter de uma pessoa independe da cor da pele; por isso, devemos exterminar toda e qualquer espécie de preconceito.

Alimentação saudável

Ter uma Alimentação saudável

é fundamental para que as funções do organismo funcionem de foma equilibrada.De forma prática, uma alimentação saudável é aquela composta por todos os macro e micronutrientes.
Os macronutrientes são os carboidratos (pães, massas e batatas, entre outros), gorduras (como os óleos, as oleaginosas, abacate e outros) e proteínas (peixes, ovos, carnes vermelhas, carne de frango, entre outros). Enquanto os micronutrientes são as vitaminas e minerais, que estão presentes nos mais diversos alimentos, como frutas, verduras, legumes, entre outros. As fibras, a parte não digerível do alimento vegetal, a qual resiste à digestão e à absorção intestinal, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso, também são essenciais para a alimentação saudável e estão presentes nos alimentos integrais, nas frutas e verduras. Uma alimentação composta por estes nutrientes de forma equilibrada costuma ser bem variada, não tem exageros e não segue nenhum tipo de modismo.
Ter uma alimentação saudável proporciona uma série de benefícios para as pessoas. Ela contribui para a melhora no sistema imunológico, na qualidade de sono, no trânsito intestinal, no humor, na capacidade de concentração e pode contribuir até mesmo para a perda de peso. Em gestantes, ela é essencial para o bom desenvolvimento do feto e em mulheres que amamentam irá contribuir para o desenvolvimento saudável do bebê. Entre outros inúmeros benefícios.

Pirâmide alimentar brasileira

A pirâmide alimentar foi adaptada para a população brasileira em 1999 pela nutricionista sanitarista Sonia Tucunduva Philippi, professora da Universidade de São Paulo. Esta pirâmide foi criada com o objetivo de facilitar o entendimento do público sobre quais os alimentos que devem ser mais ingeridos e quais devem ter um consumo menor.
A adaptação envolveu basicamente trocar alguns alimentos que não eram tão comuns no Brasil por outros nutricionalmente equivalentes, mas que eram ingeridos com maior frequência pelos brasileir
Os alimentos presentes na base da pirâmide são aqueles que devem ser mais consumidos, quanto mais para cima o alimento estiver localizado, em menores quantidades ele deve ser ingerido. A orientação de acordo com a pirâmide é ingerir 6 porções ao dia de carboidratos, como pães, arroz, batata, mandioca e outros, 3 poções de legumes e verduras, 3 de frutas, 3 de laticínios, como queijos, leite e iogurte, uma de carnes e ovos, uma de feijão e outras leguminosas, uma de óleos e outras gorduras e uma de açúcares e doces.






































Química na alimentação

A introdução da química na alimentação

trouxe vários perigos com o uso dos adubos, dos pesticidas e dos aditivos.
    Se é verdade que os adubos químicos vieram possibilitar maior rendimento das colheitas de modo a satisfazerem em quantidade as necessidades do homem, a verdade é que a qualidade dos alimentos piorou. Cada vez mais entendidos em matéria de agronomia e alimentação pensam que estes produtos alteram a qualidade dos alimentos, são incapazes de restaurar integralmente os solos e contribuem em grande escala para a poluição das águas, quando são arrastados pelas chuvas para os rios.
    E o que dizer dos pesticidas, alguns deles de composição à base de arsénico? Uma parte deste veneno fica nos frutos e nos legumes, penetrando nos tecidos vegetais; outra vai para o solo. O DDT (diclorodifeniltricloroetano) é talvez o insecticida mais universalmente empregado. Há tempos fez-se uma experiência nos EUA, que nos é relatada por Robert J. Courtine:
    “Pulverizaram-se de DDT as ervas de uma pastagem e com essa forragem alimentaram-se vacas. Com o leite dessas vacas fez-se manteiga. Deu-se a manteiga a comer a ratos. Os ratos morreram. O DDT contido no estômago dos ratos possuía poder mortífero igual ao do que havia sido empregado inicialmente.”
    Ora este veneno tenaz absorvemo-lo nós também juntamente com os legumes, os frutos, os cereais, o leite, a carne... Os insecticidas penetram na polpa dos vegetais e misturam-se na seiva. Ingeridos pelos animais, acumulam-se na sua gordura e voltam a encontrar-se nos produtos alimentares de origem animal.  Ao dosear-se a percentagem de DDT existente em diversos produtos, nos EUA, encontraram-se:
    . 89/milhão na gordura de vaca
    . 65/milhão nos ovos
    . 500/milhão na gordura da galinha (!!!!!)
    . 12/milhão no leite.
    O DDT absorvido pelas vacas na forragem é armazenado na gordura, sendo depois eliminado lentamente pelo leite durante meses. Também no leite da mulher, em 30 de 32 casos, se encontrou DDT em proporções variando entre 0,1 e 0,77 por milhão. Assim, os bebés desde os seus primeiros dias de vida, quer sejam alimentados pela mãe ou com leite de vaca, ingerem vestígios de venenos violentos. Esta intoxicação é muito grave porque a sua alimentação é composta só de leite e os organismos jovens são mais sensíveis a venenos do que os adultos.
    Também muitos dos animais destinados ao talho recebem uma alimentação química que lhes eleva rapidamente o peso. Entre esses produtos, utilizam-se antibióticos, sulfamidas e, na criação industrial de aves de capoeira, hormonas femininas sintéticas. Estes produtos não são destruídos pela cozedura e muitas dessas hormonas vão dar origem às dioxinas, que são cancerígenas. Grande número de médicos afirma que os animais com alimentação à base de antibióticos constituem um sério perigo e, de qualquer modo, é certo já que o consumo da sua carne faz subir o teor de colesterol.
    Também no número extremamente elevado de aditivos (produtos químicos voluntariamente adicionados aos géneros alimentícios), que ultrapassa um milhar, alguns são cancerígenos:
    . corantes, em especial
    . conservantes
    . insecticidas
    . agentes de descoloração
    . substâncias de revestimento
    . fermentos
    . emulsionantes e espessantes
    . leveduras em pó
    . adocicantes
    . acidificantes
    . essências sintéticas, etc.



    

    É certo que, por enquanto os produtos são mais caros e mais difíceis de obter, mas este tipo de agricultura está em franco desenvolvimento e, quanto mais consumidores houver, mais baixarão os custos da produção e da distribuição. Assim tem-se a certeza de estar a defender a saúde e a contribuir para melhorar a qualidade do ambiente, evitando a contaminação do solo e das águas.
    2. Se 80% dos nitratos que ingerimos provêm dos legumes e frutos, também é certo que as vantagens que esses alimentos trazem são suficientes para quase anular os efeitos perversos dos nitratos. Assim, se ainda não se está decidido quanto à agricultura biológica (não é fácil mudar hábitos muito enraizados), ao menos diminuam-se os riscos. Os nitratos, na nossa boca ou no estômago, podem transformar-se em nitritos, que, por sua vez, produzem nitrosaminas – substâncias cancerígenas. No caso dos vegetais estes efeitos negativos são parcialmente neutralizados pelas vitaminas C e E, os carotenóides e os flavonóides, o que não acontece com outros alimentos. Mesmo assim é melhor ter certos cuidados: lavar, descascar, cozer, eliminam grande parte dos nitratos. No caso das alfaces, que são consumidas cruas, é especialmente importante não aproveitar as folhas exteriores e as nervuras, onde os nitratos se concentram. Tirando estas partes eliminam-se 30% dos nitratos.



O pão também não foge às influências nefastas da modernização e ao uso dos químicos. Não há ainda um século, o homem podia alimentar-se quase exclusivamente de pão. Hoje não o poderia fazer porque o seu valor alimentar diminuiu e ele já não é um alimento completo e fiável. Em primeiro lugar porque os trigos de grande rendimento que se cultivam agora são ricos em amido mas pobres em glúten e sais minerais. Além disso, no seu cultivo são usados adubos e pesticidas químicos. A sua armazenagem é feita em silos  hermeticamente fechados, o que facilita a sua fermentação e a acção dos insectos e dos parasitas – daí o uso de insecticidas. A substituição das velhas mós de pedra pelos cilindros de aço veio proporcionar uma produção maior e de uma farinha mais branca. Mas as impurezas que coloriam ligeiramente a farinha eram constituídas por substâncias nutritivas preciosas, o gérmen e a base proteica, contendo glúten e sais minerais (fósforo, cálcio, magnésio, ferro, silício, iodo, manganês) e vitaminas B e E. Assim, quanto mais branca é a farinha, menos nutritiva é.
    Como grande parte destas mudanças e inovações têm como objectivo o lucro, há ainda que considerar as fraudes, as infracções às leis que regulam (mal) a qualidade dos alimentos. Por exemplo, no caso do leite, a fraude mais simples é a da desnatação. Dela não resulta senão, praticamente, um empobrecimento do leite. Mas, para lhe manter a densidade torna-se necessário acrescentar-lhe água, «aguá-lo». Acrescentando água ao leite restabelece-se a sua densidade normal. Mas o leite, duplamente empobrecido pela desnatação e pela água, apresenta-se azulado. Acrescenta-se-lhe então corantes (à base de cenouras, alcaçuz, chicória) ou opacificantes (féculas, gomas). Eis então o leite maltratado três vezes. Mas isto não é tudo. É preciso conservá-lo, impedi-lo de «atalhar»: para isso utilizam-se conservantes alcalinos tais como o bicarbonato de sódio; porém, no leite assim neutralizado os micróbios desenvolvem-se mais facilmente. É preciso então acrescentar-lhe anti-sépticos (em princípio proibidos – fluoretos, hipocloritos, ácidos salicílicos e paraoxibenzóicos ou, mais simplesmente, água oxigenada ou derivados de boro).
    É certo que este é um caso de grande fraude, mas quantas outras, menores ou idênticas haverá com o intuito de obter maiores rendimentos?
    A questão que está agora mais na ordem do dia é a dos transgénicos. O que são estes alimentos geneticamente manipulados? São alimentos que têm por origem plantas ou animais cuja constituição genética foi alterada. As características dos seres vivos estão “guardadas” nos genes que estão inscritos no ADN. Este é uma cadeia composta por quatro elementos de base que se podem ligar de diversas formas e produzir diversas “instruções” – os genes. Depois de vários anos de estudo, os cientistas aprenderam a ler as referidas instruções e a identificar os diferentes genes: o que determina a cor da flor, o que torna a planta resistente aos herbicidas, etc. e mais recentemente conseguiram isolar os genes de uma cadeia de ADN e “agrafá-los” numa outra cadeia, primeiro da mesma espécie e agora já se trocam genes de espécies diferentes. Desta troca de genes entre espécies nasceram os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) ou transgénicos (milho resistente aos herbicidas, batatas que não escurecem, etc.). A manipulação genética pode implicar riscos tanto para a saúde do consumidor como para o ambiente, mas neste momento é ainda muito difícil avaliar a importância desses riscos.

   Conselhos
      1. Uma vez que os efeitos dos químicos começam pelos produtos agrícolas, porque não mudar para a agricultura biológica? Segundo o regulamento da União Europeia de 24 de Junho de 1991, chama-se “biológico” a um produto agrícola ou agro-alimentar com um processo específico de produção: o tratamento do solo só pode ser efectuado com substâncias naturais – fosfatos, carbonato e sulfato de cálcio, enxofre e pó de rocha. Antes de ser reconvertida a este tipo de agricultura, a terra deverá estar três anos em pousio. A Suécia e a Áustria são os países mais “biodesenvolvidos”, mas mesmo em Portugal também já havia em 1998 cerca de 30 000 hectares de terrenos consagrados à produção “bio”.
   3.O problema das nitrosaminas diz, então, sobretudo respeito às carnes e seus derivados (salsichas, chouriço, presunto e fiambre), devido à adição de nitritos para manter a cor da carne mais apetitosa. A sugestão é simples: eliminar ou diminuir radicalmente o consumo de produtos cárneos.  
    Desde a década de 80 que se tem registado uma diminuição no consumo de carne, sobretudo devido às notícias sobre o uso de antibióticos na alimentação dos animais para abate (perigo das dioxinas), à doença das “vacas loucas” e também ao sofrimento a que os animais estão sujeitos ao serem criados aceleradamente. Consequentemente surgiu um interesse crescente pelas dietas vegetarianas, que podem ir da completa abolição da carne e dos produtos de origem animal (vegetalianos) até à simples rejeição da carne. Os alimentos usados pelos vegetarianos são: fruta e legumes frescos, frutos secos e secados, ovos, azeite e óleos vegetais, produtos lácteos, cereais e leguminosas, entre as quais a soja ocupa um lugar de destaque. Alguns consomem também peixe e poucos recorrem à carne de aves.
    Comparando uma alimentação correcta para um adulto entre o regime omnívoro e o vegetariano, verifica-se que ambos fornecem:
    . as calorias diárias necessárias;
    . as proteínas indispensáveis;
    . as vitamina B12 e D suficientes;
    . insuficientes  aportes de zinco, cálcio (e ferro  no caso das mulheres, que perdem ferro devido à menstruação);
    Mas o regime vegetariano mostra-se mais adequado em:
    . gorduras, principalmente saturadas, em que é mais pobre;
    . hidratos de carbono, em que é mais rico; 
    . açúcares simples, que fornece em menor quantidade;
    . colesterol, que  é muito mais correcto;
    . fibras, que fornece em muito maior quantidade;
    . vitamina B9 (ácido fólico) e vitamina C.
    4. Pode portanto concluir-se que a alimentação vegetariana, quando correctamente feita, é equilibrada e apresenta vantagens sobre a tradicional. Um senão: este tipo de alimentação sai bastante mais caro.
    5. A questão da contaminação do leite pode ser resolvida com o uso dos derivados lácteos: queijos e iogurtes. É que a fermentação elimina os riscos dos pesticidas que as vacas engolem com as forragens. 
    6. A água da distribuição pública, sendo potável, pode ainda assim apresentar sabores e odores desagradáveis, que podem ser devidos a:
    . cloro utilizado como desinfectante no tratamento da água;
    . elevado teor em metais (ferro, por exemplo);
   . compostos orgânicos (resíduos de pesticidas, por exemplo);
   . desenvolvimento de germes, se a canalização não foi usada durante algum tempo.

   Nos últimos anos foram colocados no mercado diversos modelos de sistemas de tratamento de água, para uso doméstico, que se propõem resolver estes e outros problemas. Uns são de simples filtração, outros recorrem ao carvão activado, outros a resinas orgânicas e outros, mais sofisticados, são eléctricos. Muitos especialistas continuam a achar que são supérfluos porque a água da distribuição pública é de boa qualidade, mas lá que os maus sabores e os maus odores desaparecem, isso é um facto.

Olá Alunos, novos videos de química , aulas EAD